Me dizia Silvana
enquanto se entupia de benzedrina
que as coisas eram tristes
e
as mortes
e
o sol
e
as privadas também eram.
Ela quebrou todas as garrafas vazias
quase que na minha cabeça,
praguejando céu e terra,
formando um mar de cacos em meio ao
bege embolorado das paredes.
E do outro lado da sala,
entre seus risinhos assustadores
e afogados,
Aline vomitava
feliz
as coisas tristes.
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Boquiaberto.
ResponderExcluirSublimes as suas palavras. Sempre.
ResponderExcluirnão sei se vou te elogiar, mas um palavrão resumiria a sensação que tenho quando leio teus textos. é sempre um supetão!
ResponderExcluirsilvana deprimida e aline efusiva. que diferença de realidades!
ResponderExcluirlindo o seu poema.
ResponderExcluirversos leves, carregados de palavras e sensações densas. incrível!
ResponderExcluirWow! Que bonito!!! *-* Mesmo, cara!
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