terça-feira, 20 de julho de 2010

De joelhos pedia perdão, matou muitos semelhantes quando vivo. O fazia porque já não tinha vida mesmo antes de morrer e para seus olhos era inaceitavel a falsidade no mundo dos homens. Agora diante do senhor, pedia clemência em forma de um teste para o poderoso responder.
- O senhor cria, liberta e depois julga. Acha correto? Essa é a sua diversão?
Como era de se esperar, não obteve resposta. Quem era ele para questionar o criador?
- Não que eu seja alguém, mas tenho que lhe falar, todo poderoso canalha, se você acha mesmo que mandar aqueles que você considera indgnos de entrar no paraíso para o inferno, uma punição valida é porque você não vive na terra, lá esta o verdadeiro inferno.
Deus, na posição de criatura superior a todas as outras, apenas ignorou o rapaz. Ignorar é o que ele sabe fazer melhor, perceber isso não é difícil. Então ordenou a dois anjos que levassem o homem até as portas do pseudo-inferno. Este, ainda voltou a falar enquanto era arrastado.
- Você ja devia saber, os humanos são péssimas criaturas e eles não sabem o que fazer com o mundo. Tome uma providencia digna de um deus, faça valer as orações dos muitos tolos que ainda confiam em ti.
Não existe diferença entre céu e inferno.
Nascer é o pior castigo que um homem racional pode receber.

2 comentários:

  1. "... já não tinha vida mesmo antes de morrer e para seus olhos era inaceitavel a falsidade no mundo dos homens". Resume perfeitamente o que tenho pensado ultimamente.

    E, bem, talvez as bases nunca foram sólidas o bastante...

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  2. Concordar, serve? Irônicamente pra ser racional é preciso nascer.

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