sábado, 28 de maio de 2011

Cacos

Me dizia Silvana
enquanto se entupia de benzedrina
que as coisas eram tristes
e
as mortes
e
o sol
e
as privadas também eram.

Ela quebrou todas as garrafas vazias
quase que na minha cabeça,
praguejando céu e terra,
formando um mar de cacos em meio ao
bege embolorado das paredes.

E do outro lado da sala,
entre seus risinhos assustadores
e afogados,
Aline vomitava
feliz
as coisas tristes.

7 comentários:

  1. não sei se vou te elogiar, mas um palavrão resumiria a sensação que tenho quando leio teus textos. é sempre um supetão!

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  2. silvana deprimida e aline efusiva. que diferença de realidades!

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  3. versos leves, carregados de palavras e sensações densas. incrível!

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  4. Wow! Que bonito!!! *-* Mesmo, cara!

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