terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu estava num boteco, bebado demais para voltar pra casa.
Todos naquele maldito lugar eram bastardos para o mundo, com seus olhos cansados, dentes em falta e suas mãos calejadas. Todos ali estavam morrendo, cada qual da sua maneira. Solidão. Dinheiro. Dividas. Cigarros. Porres e mais Porres. Seres humanos.
Se bebo demais, falo demais. Debruçado sobre o balcão, tentava forçar um dialogo comigo mesmo:
- Céus, tantas formas para se morrer, tantas coisas para te matar e você foi escolher logo o amor...

9 comentários:

  1. (aplausos) Amei o fim e o conjunto e como se encaixa.
    Parabéns.
    Adorei.

    Visita: http://aborboletra.blogspot.com/

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  2. nossa eu adorei,adorei de verdade ..principalmente o fim como a Hozana disse ..
    seguindo aqui *-*

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  3. já me vi nesse mesmo cenário monologando coisas parecidas inúmeras vezes...

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  4. Guilherme, tem um selo para o "la sangre invisible" lá no meu blog. Veja lá! :)

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  5. de fato, o amor é paradoxal:
    de amor se vive, de amor se morre.
    Belo texto ;)

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  6. Se amor não fosse o que me reconstrói eu só o teria pra aborrecer e dilacerar... Mas então o escolho porque me colocar nos eixos é uma tarefa complicada. Ah, e diga-se de passagem, eu me torno uma fácil causa de diabetes quando estou enamorada.
    Consideram isso algo bom, mas me acho insuportável nessa versão apesar de todos os apesares pesados de ares suspirados...

    Adorei isso aqui, qualquer dia bato na tua porta pra pedir uma xícara de pensamentos, tudo bem?
    Boa noite :)

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